Sejam bem-vindos ! O objectivo deste blog é divulgar Artistas Portugueses que se enquadrem no movimento artístico contemporâneo, tendo como principais ferramentas de expressão: a Pintura ( meio que o blog privilegia), Desenho, Escultura, Instalação e Video-Art. O critério de selecção está directamente relacionado com o Conceito, Qualidade e Criatividade dos artistas, independentemente de estes serem conceituados ou não, no entanto a escolha tem como prioridade a selecção de artistas pouco conhecidos e por descobrir,mas que demonstrem uma verdadeira paixão pela arte, não esquecendo é claro a qualidade das suas propostas criativas.

....Arte Contemporánea por Artistas Portugueses....

...Contemporary Art by portuguese Artists....

23 janeiro, 2011

Joaquim Lourenço


"...",  Acrylic on paper, 70x50 cm, 2009

 Ao longo da história da arte, muitos foram os meios explorados pelos diversos artistas, com o intuito de celebrarem a sua criatividade, e de divulgarem suas obras perante o público e meio artístico. Eis que surge então, na década de 60, o movimento designado por Mail Art ou Arte Postal, que tinha como principal vantagem o poder de ser auto-suficiente, no caso das Artes Plásticas, permitia fugir ao circuito das Galerias de Arte, local onde nem sempre oportunidades de exposição existem. Os artistas conseguiam assim que o seu trabalho ou parte dele, fosse apreciado a uma escala internacional sem barreiras e burocracias, criadas pelos locais normalmente vocacionados para a sua exploração. Para além do factor de troca de correspondência entre artistas, a Arte Postal permite a criação de uma rede de contactos onde experiências podem ser partilhadas. O mesmo movimento, continua actualmente bem activo, por vezes poderá ser conectado como outsider ou alternativo, no entanto, muitos artistas o mantém, como era o caso de Ray Johnson's um dos seus principais impulsionadores, sendo também  uma das actividades do artista em questão que se irá falar.
 As obras de Joaquim, movimentam-se na apropriação de imagens, muitas delas gravadas no nosso subconsciente colectivo, que tanto divagam pela modernidade ou pelas clássicas temáticas associadas ao retrato, natureza morta e paisagem, ou no seu oposto à experimentação plástica, criando composições poéticas que dialogam com o observador,  repletas de manchas que elucidam alegria e reflexão, fundindo-se de forma equilibrada com os retalhos figurativos utilizados na sua construção.
 No seu conjunto as obras irradiam algo de etéreo, aproximando-se das desconstruções dos sonhos e de sua ténue mas viva presença, recriando um universo paralelo com codificações e descontextualizações dos ambientes apresentados, que nos transportam nostalgicamente para outros tempos, ou nos afixam na realidade citadina actual, onde a cultura é valorizada mas nem sempre apoiada.

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