Sejam bem-vindos ! O objectivo deste blog é divulgar Artistas Portugueses que se enquadrem no movimento artístico contemporâneo, tendo como principais ferramentas de expressão: a Pintura ( meio que o blog privilegia), Desenho, Escultura, Instalação e Video-Art. O critério de selecção está directamente relacionado com o Conceito, Qualidade e Criatividade dos artistas, independentemente de estes serem conceituados ou não, no entanto a escolha tem como prioridade a selecção de artistas pouco conhecidos e por descobrir,mas que demonstrem uma verdadeira paixão pela arte, não esquecendo é claro a qualidade das suas propostas criativas.

....Arte Contemporánea por Artistas Portugueses....

...Contemporary Art by portuguese Artists....

13 dezembro, 2010

Paulo Barros


" s.t ",  Mix Media on target (alvo), diameter 120cm, 2010

 A experimentação técnica e visual, sempre acompanharam o processo individual de cada artista na procura de sua identidade criativa, esta metodologia de erro e acerto, independentemente das influências externas,  é fundamental na descoberta de uma linguagem própria,  onde cada obra adquire no seu conjunto uma personalidade única que associamos a um determinado artista, mesmo que este não seja mencionado como o autor da mesma. Este caminho de descoberta pessoal, não nos irá surgir como é óbvio, num curto espaço de tempo, tal como na evolução biológica,social ou científica, várias etapas tiveram que surgir, para que o conhecimento fosse aprimorado.
 Paulo Barros sendo um artista em evolução, apresenta-nos criações que se poderão repartir em três áreas de criação, na sua primeira abordagem encontramos a pintura e o desenho de tendência ilustrativa, com influências psicadélicas na composição dos vários elementos ornamentais, claramente inspirados por  elementos do mundo natural , onde o arranjo caótica das formas nos transportam para a sua unicidade. Neste mesmo contexto de exploração de naturística, que se poetizam em imagens, surge-nos um outro processo de criação,  paisagens de âmbito abstracto ou minimalista, que manifestam harmonia ou energização, sendo em algumas delas utilizado determinada experimentação, que influência directamente a abordagem seguinte.
 O trabalho global do artista, adquire maior potência de interacção com o observador, na sua terceira secção criativa,  neste novo processo, surge uma fusão com as anteriores apresentações, criando assim uma linguagem que se apropria ciclicamente de uma mutação de diferentes estudos e esboços, que se reciclam  em matéria plástica, onde a técnica da colagem actua de forma crucial nestes novos conteúdos, que se acidentam entre si, criando composições imersas de aparos e fragmentos, remetendo-nos para um caos, onde a ordem tenta proclamar a sua autoridade, no entanto, esta é subjectiva, pois a desordem não omite totalmente a sua fraqueza, resultando simultaneamente numa abstracção visual e figurativa, onde estilhaços de diferentes tempos passados e etapas , se conjugam num todo, criando uma nova obra.
 A exploração será provavelmente o adjectivo que melhor define este artista, em que a sucedância de camadas de gostos pessoais e individuais, se associam a uma glorificação e admiração pelos diferentes aspectos da vida, quer sejam eles positivos ou de menor negação.

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